14/04/2009

Reflexão de Amílcar Antunes (nome fictício) – Professor Titular do Ensino Básico e Secundário - Coimbra

Vejo a escola como o lugar em que se espelha a sociedade. Pondo de lado as minorias dos casos perdidos e dos sucessos incondicionais rumo a qualificações no estrangeiro, a grande massa da população estudantil vai levando a coisa na atitude de que logo se vê, sem definir rumos para poder atingir metas. “Viram-se” os professores para “arrancar a ferros” resultados do que ensina. O que hoje é, já não o é amanhã. A quantidade de Leis, Decretos-Lei, Despachos, Circulares e orientações afins que diariamente chegam às escolas via correio electrónico, para ser mais rápido, é no mínimo desorientadora e perturbadora da ordem necessária à educação.

Todos os agentes envolvidos no ensino necessitam de uma política de educação estável, de denominação made in Portugal, transversal a partidos governamentais que garanta estabilidade no que se ensina e no que se aprende. Tende-se a confundir desassossego com escola activa.

A educação, bem maior de um povo, deve ser colocada acima de contendas políticas e ser considerada prioridade nacional.

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