Conclusões da sessão: As PME's no centro da política económica - por Rui Trindade, coordenador da sessão
Sobre a situação económica:
A economia portuguesa vive uma situação muito difícil. A crise económica e financeira não é, de todo, a única responsável pela situação que vivemos. Pelo contrário, há problemas "bem portugueses" que se prolongam à demasiado tempo e que se agravam na actual conjuntura.
A economia portuguesa tem um longo e duro caminho de ajustamento pela frente, fruto de um enorme endividamento e de um défice colossal da balança comercial portuguesa.
A economia mundial não voltará a ser a mesma, nomeadamente quanto à capacidade dos intermediários financeiros para "alavancar" a economia real através da concessão de crédito.
Sobre o tecido económico português:
1. Portugal é composto por micro e pequenas empresas;
2. As PMEs são responsáveis pela grande maioria da actividade económica nacional e, naturalmente, pelo emprego;
3. Existe um má relação, por vezes crispada, entre as PMEs portuguesas e alguns organismos da administração pública;
Sobre como o poder político devia actuar:
1. É necessário realizar um diagnostico realista;
2. É necessário que o poder político tenha uma visão estratégica, independente da resolução da crise internacional;
3. É necessário conhecer e ter consciência do tecido empresarial;
4. É absolutamente necessário não perder a noção de médio e longo prazo.
Sobre como o poder político não deveria actuar:
1. O poder político não pode, nem deve, estar disponível para hipotecar o futuro apenas para ganhar o presente;
2. As reacções políticas não podem ser emocionais, baseada em fait divers e em acontecimentos de ocasião, sob pena de se produzirem medidas políticas desgarradas, apressadas e incoerentes;
3. O poder político não deve tomar para si matérias que são da responsabilidade das empresas;
4. O poder político não deve pactuar, ou acentuar, o desenvolvimento de um ambiente anti-empresarial e anti-empresários.
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